Precisamos falar sobre suicídio
- Osvaldo Melo
- 14 de set. de 2017
- 12 min de leitura

Estamos no Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre prevenção ao suicídio. Nada melhor do que falar sobre esse tema tão importante, complexo e necessário de ser esclarecido em nosso tempo.
O tema Suicídio entre jovens e adolescentes tem estado em pauta, ou por conta do Jogo da Baleia Azul (disputado nas redes sociais e que propõe desafios aos adolescentes tais como bater fotos ao assistir filmes de terror, automutilação, provocar doença e, na etapa final, cometer suicídio) ou mesmo pela apresentação da série de TV americana 13 Reasons Why (gira em torno de uma estudante que se mata após eventos provocados por indivíduos selecionados dentro de sua escola).
O índice cresce no Brasil e no mundo nas mais distintas faixas etárias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as causas mais frequentes que influenciam na retirada da própria vida são uso de álcool e drogas, perda ou luto e transtornos mentais, como a esquizofrenia. Na maior parte dos casos, as pessoas apresentam indícios de Depressão, independente de sexo, faixa etária ou qualquer outra característica.
Experiências de vida humilhantes (tais como fracasso na escola ou conflitos interpessoais, exacerbados por bullying ou até mesmo, cyberbullying, que é o bullying feito pelas redes sociais e internet), despontam como causas importantes relacionados às tentativas de Suicídio entre jovens e adolescentes.
O texto abaixo visa esclarecer e informar em linhas gerais sobre a temática do suicídio em prol de promover reflexão e prevenção a este problema tão sério que vem ganhando grandes proporções nos últimos tempos.

“Parece simplesmente não existir nenhuma luz no fim do túnel.”
“Nada mais parece fazer sentido, há apenas uma dor tão pesada que carrego, e que não consigo mais suportar…”
“Não aguento mais viver assim, eu gostaria de viver, mas não assim…”
“Não há mais nada que eu possa fazer, seria melhor morrer…”
Para algumas pessoas, em determinados momentos da vida, pensar na morte como a única saída para uma situação de sofrimento intolerável, talvez pareça a única solução possível. Quando uma pessoa se sente no limite, de tal forma angustiada, desesperada e sem esperança, é compreensível que considere que prescindir do direito de viver, apesar de constituir uma solução permanente, pareça ser a melhor forma de lidar com uma situação que, naquele momento, é tão avassaladora e dolorosa. É como se sentisse que está perdida num labirinto completamente escuro, como se todos os caminhos que permitem o acesso às portas de saída deixassem de existir, e quem mesmo que tentasse percorrer um desses caminhos, isso apenas resultaria em mais um esforço inútil, pois não só encontraria as portas completamente trancadas, como não teria disponíveis as chaves adequadas para as abrir.
Se para si, a dor emocional que sente é de tal forma elevada, que a possibilidade de suicídio é uma opção viável, ou se de outra forma, receia que alguém que lhe é importante esteja a correr esse risco, reflita por favor, apenas por mais um pouco, nas próximas linhas e permita que esta informação a possa ajudar a compreender quão urgente pode ser procurar ajuda especializada.
Reconhecemos que falar sobre suicídio é particularmente desafiador. Parece que, semelhante a tantas outras situações de vulnerabilidade psicológica, para as quais preferimos olhar apenas em secreto, o silêncio funciona somente como mais uma “máscara” que visa esconder uma realidade de profunda dor, misturada com sentimentos de vergonha, estigma e diferença… oferecendo, mais uma vez, pouca ou nenhuma ajuda útil.
Por isso, gostaríamos de por momentos, convidá-lo/a a retirar essa máscara, e a vestir o papel de um/a espectador/a atento/a, a uma realidade tão presente nas ditas sociedades modernas. Senão repare: apenas num único ano, cerca de um milhão de pessoas no mundo tiraram a sua própria vida – aproximadamente uma morte a cada 40 segundos – e provavelmente há 4 milhões que o tentam fazer! O suicídio encontra-se entre as 10 primeiras causas de morte, sendo que por cada suicídio ocorrem 11 tentativas sem sucesso. Cerca de 20% das pessoas que tentam suicidar-se, se não procurarem ajuda especializada, repetem essa ação no prazo de um ano, aumentando a probabilidade de eventualmente morrerem por suicídio.
Embora os números referidos pareçam deveras assustadores e difíceis de aceitar, a possibilidade de escolher pôr fim à sua própria vida, pode afetar, em alguma medida, a cada um de nós, ou tão importante quanto isso, pode envolver uma pessoa que nos é tão querida, independentemente da idade, condição socioeconômica ou localização geográfica.
É importante entendermos que, a probabilidade de uma pessoa cometer suicídio varia num contínuo, que contempla a ideação suicida – pensamentos acerca da possibilidade de cometer o suicídio, a tentativa de suicídio – gestos autodestrutivos não fatais, até ao suicídio consumado, que resulta em morte.
Mas face a qualquer um desses grupos, naturalmente a questão à qual gostaria de saber uma resposta talvez se prenda com o que motiva alguém a escolher terminar com a sua própria vida. Em termos genéricos, por um lado, o suicídio veicula o desejo de uma pessoa em escapar ou terminar com o seu sofrimento (que é resultante de variadíssimos problemas) e, por outro lado, o seu desejo em comunicar o seu sofrimento aos outros – é um pedido de ajuda.
Além disso, cada pessoa têm os seus próprios motivos, muito particulares, profundos e extremamente dolorosos que a levam a ponderar desistir de viver. Uma mudança repentina nas suas circunstâncias de vida, tais como dificuldades financeiras, desemprego ou perda de status socioeconômico, mudanças no contexto familiar ou relacional (divórcio, fim de uma relação, morte de um familiar…) ou ainda a sensação de isolamento, solidão e a ausência de horizontes ou projetos futuros podem constituir fatores relevantes.
Não esqueçamos também a companhia indesejável de certas perturbações do humor (depressão, perturbação bipolar, esquizofrenia), que podem contribuir para um estado de maior desorganização e desconforto emocional, ao fragilizarem as potenciais competências para pensar em soluções e lidar com as adversidades, o que por sua vez aumenta a possibilidade do desespero se tornar ainda mais intolerável. Sabia que mais de metade das pessoas que se suicidaram, estavam deprimidas? Estima-se ainda que o risco de suicídio ao longo da vida em pessoas com perturbações do humor (principalmente depressão) é de 6 a 15%; com alcoolismo, de 7 a 15%; e com esquizofrenia, de 4 a 10%.
A comunidade científica também nos informa que a probabilidade de tentar o suicídio é duas a três vezes superior nas mulheres, enquanto os homens apresentam uma probabilidade quatro vezes maior de o consumarem. A escolha do método de suicídio, que pode ser influenciada pela disponibilidade de meios, também é variável em função do gênero feminino ou masculino.
Na verdade, talvez possa ficar surpreendido ao se aperceber que a maioria das pessoas que pensam, tentam ou cometem o suicídio, escolheriam outra forma de solucionar os seus problemas, se não se encontrassem numa tal angústia que as incapacita de avaliar as suas opções objetivamente. A sua intenção é parar a sua imensurável dor psicológica e não pôr fim à sua vida. Querem simplesmente fugir das duras realidades da vida e tensões com as quais não conseguem lidar, para as quais não vêm uma solução possível, nem perspectiva de melhoria ou mudança no futuro.
O suicídio pode ser compreendido como resultando da interação de 3 fatores: pressão/stress social, vulnerabilidade individual e disponibilidade de meios.
Alguns números acerca das características das pessoas que tendem a suicidar-se:
Mais frequente nos homens que nas mulheres (2:1).
Presença de problema psiquiátrico/psicológico em pelo menos, 93% dos casos.
Perturbação do humor (depressão, bipolaridade) ou alcoolismo em 57-86% dos casos.
Doença terminal em 4-6% dos casos.
Cerca de 66% comunicaram a intenção suicida (40% de forma clara).
Cerca de 33% tiveram tentativas anteriores de suicídio.
Cerca de metade não tinham contatado técnicos de saúde mental.
90% tinham contatado serviços de saúde.
Fatores que aumentam a probabilidade de suicídio
História de suicídio, violência ou de perturbação de humor na família.
Tentativas prévias de suicídio;
Ameaça ou ideação suicida com plano pormenorizado elaborado;
Acesso fácil a agentes letais, tais como armas de fogo ou pesticidas;
Presença de depressão, esquizofrenia, alcoolismo, toxicodependência e perturbações de personalidade;
Presença de perturbações alimentares (bulimia);
Presença de doenças de prognóstico reservado (HIV, cancro etc.);
Hospitalizações frequentes, psiquiátricas ou não;
Ter entre 15 e 24 anos ou mais de 45;
Desemprego ou dificuldades econômicas que alteram o estado familiar;
Problemas no trabalho;
Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
Família atual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez.
Perdas precoces de pessoas importantes (pais, irmãos, cônjuge, filhos);
Falta de apoio familiar e/ou social;
Ausência de projetos de vida;
Desesperança contínua e acentuada;
Culpabilidade elevada por atos praticados ou experiências passadas;
Ausência de crenças religiosas;
Mudança de residência;
Emigração;
Reforma;
Ter sido alvo de abuso sexual ou psicológico;
Experiência de humilhação social recente
Suicídio: Ato planejado ou impulsivo
O suicídio raramente é uma decisão repentina, apesar de amigos e familiares conceberem esse acontecimento como algo completamente inesperado, surpreendente ou até chocante. Na maioria dos casos, o suicídio é algo planejado – a pessoa constrói um plano, estabelece uma data, define um método e pensa nessa possibilidade ao longo de algum tempo, antes de tomar uma decisão definitiva.
Porém, a impulsividade é uma característica da personalidade que interfere na tomada de decisão, ao modelar a rapidez com que se passa do pensamento ao ato, podendo constituir um fator de risco acrescido. Existem assim algumas situações em que o suicídio ocorre de forma impulsiva. Perante uma dada situação, que é dolorosa e intolerável, a pessoa toma uma decisão imediata, precipitada e sem pensar (no sentido de diminuir a dor emocional sentida), emitindo uma resposta autodestrutiva que conduz à consequência irreversível da morte.
Sinais de alerta
Como descrito anteriormente, a maioria das pessoas que se suicidam, dão pistas e sinais de aviso, mas os outros que as rodeiam não estão conscientes do seu significado nem sabem como responder. Eis alguns exemplos de sinais de alerta, cuja detecção antecipada e intervenção eficaz poderá salvar vidas:
Tornar-se uma pessoa depressiva, melancólica (apresenta uma grande tristeza, desesperança e pessimismo, chora sistematicamente);
Falar muito acerca da morte, suicídio ou de que não há razões para viver, utilizando expressões verbais tais como “Não aguento mais”, “Já nada importa”, ou “Estou pensando em acabar com tudo”;
Preparativos para a morte: pôr os assuntos em ordem, desfazer-se/oferecer objetos ou bens pessoais valiosos, fazer despedidas ou dizer adeus como se não voltasse a ser visto;
Demonstrar uma mudança acentuada de comportamento, atitudes e aparência;
Ter comportamentos de risco, marcada impulsividade e agressividade;
Aumento do consumo de álcool, droga ou fármacos;
Afastamento ou isolamento social;
Insônia persistente, ansiedade ou angústia permanente;
Apatia pouco usual, letargia, falta de apetite;
Dificuldades de relacionamento e integração na família ou no grupo;
Insucesso escolar (quando antes era aluno interessado, por exemplo);
Automutilação.
Face a este quadro, é provável que dê por si a reconhecer pelo menos alguns destes sintomas em pessoas que conheça, ou até mesmo em si próprio. Note, contudo, que a lista fornecida apenas fornece alguns exemplos de sinais que podem indiciar a presença de ideação ou tentativa de suicídio. Naturalmente, quanto maior o número de sinais presentes, maior o risco de suicídio, e paralelamente, maior a urgência em procurar ajuda quanto antes.
Soluções psicoterapêuticas
Se veio até esta página por estar a colocar o suicídio como uma opção, queremos que saiba que não está sozinho. A sua vida é importante e podemos ajudá-lo. Por vezes, não falar dos problemas faz com que eles cresçam dentro de nós e conversar com alguém faz com que eles diminuam de tamanho e facilita o encontro de soluções alternativas. Além de nós, você pode entrar em contato no número 141 (CVV – Centro de Valorização da Vida) que funciona 24 horas, todos os dias e está sempre à disposição para atender de forma gratuita por telefone, email, chat e Skype.
Na clínica, o acompanhamento individual é a melhor forma de criarmos um espaço em que possa se sentir seguro, compreendido e ajudado na procura de outras opções ou soluções para as suas dificuldades. Nesse espaço, pretende-se:
Validar a vivência de desespero, tristeza e sofrimento emocional enquadrando-a na sua história de vida presente, passada e futura;
Compreender os motivos que o levam a colocar o suicídio como uma opção;
Olhar para os seus problemas sem os julgar, dividi-los em partes menores para que possam ser trabalhados separadamente;
Analisar as crenças subjacentes à convicção de que não existem outras alternativas de pôr fim à dor além do sofrimento;
Discutir a relação entre o que pensa, o que sente e como reage, monitorizando esses três elementos da experiência;
Encontrar novas formas de lidar com os problemas: Explorar e criar alternativas de solução que possam existir na sua vida (que neste momento não estejam facilmente visíveis) e desenvolver competências de confronto e resolução de problemas;
Desenvolver formas eficazes e adaptativas de comunicar os seus problemas aos outros;
Promover o seu sentimento de controle e eficácia pessoal;
Desenvolver estratégias de relaxamento que o possam tranquilizar no seu dia-a-dia e em situações de crise;
Promover a discussão de cenários futuros mais satisfatórios.
Este é um trabalho prático, que poderá em alguns momentos envolver familiares e amigos se isso for vantajoso. Os objetivos enunciados são apenas orientadores, dado que todo o processo de ajuda é centrado em si, nas suas características e na sua forma de ver o mundo e pretende-se que tenha impacto não só no seu presente, como também no seu futuro.
O que fazer se identificar sinais de risco?
Se veio até aqui porque desconfia que um amigo, um familiar, ou um conhecido seu poderá estar pensando em suicídio, ou que inclusive já fez uma tentativa de se suicidar, e não sabe como o ajudar, existem várias coisas que pode fazer por essa pessoa. Se reconhecer os sinais que descrevemos, aqui estão algumas indicações do que poderá fazer:
Em primeiro lugar, ser um bom ouvinte é essencial – simplesmente ouça com toda a atenção, não apenas os fatos, mas a sua dor, medos e ansiedades. Não julgue, nem dê conselhos ou opiniões.
Reconheça o seu sofrimento, valorize o que é dito e demonstre que está disponível para a ajudar. É fundamental que essa pessoa saiba e sinta o quão importante ela é para si, que a sua vida tem valor para alguém e que a sua dor emocional é compreensível e aceitável face às suas vivências presentes.
Demonstre empatia – procure compreender as coisas não do seu ponto de vista, mas segundo o ponto de vista do outro. Não faça comparações.
Se essa pessoa que o preocupa não falar abertamente do que sente ou pensa, é importante que tome a iniciativa em conversar com ela. Diga claramente que se apercebeu que o seu comportamento mudou (especifique que mudanças específicas observou) e que está preocupado/a com o que possa ter causado essas mudanças.
Não mude de assunto, nem faça comentários do tipo “fica assim não”, “vai ficar tudo bem”.
Não hesite em questionar aberta e diretamente se essa pensa na ideia de suicídio como uma opção válida. Pode dizer algo como: “Imagino que estejas sofrendo muito, que seja avassaladora a dor que você sente em função de toda essa situação. Estás pensando no suicídio como opção?”, “Parecem ser demasiados problemas para aguentares sozinha. Pensou no suicídio como fuga?”, “Alguma vez pensou em deixar tudo?” Essas questões transmitem a mensagem de que existe alguém que compreende a sua dor psicológica e de que a pessoa não estão sozinha. Naturalmente, a abordagem a este tema sensível varia em função da situação e relação de confiança estabelecida.
É importante que a pessoa que pensa em suicídio saiba que a sua morte causaria sofrimento nas pessoas que a rodeiam, e haveriam pessoas que sentiriam a sua falta. Por isso, nunca é demais ter um gesto de carinho para com ela. Por vezes, a tentativa de suicídio pode ser um pedido de ajuda que se pode evitar se a pessoa compreender, antes de tentar terminar a sua vida, que existe alguém que gosta de si, se importa consigo.
Nunca deixe a pessoa sozinha se sentir que existe perigo de ela cometer suicídio, principalmente se lhe parecer que a mesma tem um plano concreto de suicídio e já tomou decisões para o pôr em prática. Incentive-a a pedir ajuda especializada (a um hospital, médico, psicólogo, ou psiquiatra) e retire da sua proximidade todos os objetos com que a pessoa se possa machucar. Se for necessário, chame uma ambulância, ou outro tipo de ajuda que possa ser pertinente, rapidamente.
Mitos sobre suicídio
Mito: As pessoas que falam sobre o suicídio não vão realmente cometê-lo só querem chamar a atenção, não devemos dar importância.
Realidade: Não, é essencial estar atento ao que a pessoa diz – o fato de falar em suicídio é um sinal de alerta. É um pedido de ajuda, uma forma de comunicar o seu sofrimento, e não apenas uma chamada de atenção. É importante aceitar, compreender e valorizar o que a pessoa sente.
Mito: A pessoa que fala em suicídio quer mesmo morrer e está decidida a matar-se, independentemente do que façamos.
Realidade: Quando alguém fala em suicídio, é importante reconhecer a dor da pessoa, porque ela está pedindo ajuda e podemos ainda estar a tempo de a ajudar de alguma forma.
Mito: Quando alguém sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
Realidade: Na verdade, a existência de tentativas prévias de suicídio é um fator de risco que aumenta a probabilidade da pessoa tornar a tentar suicidar-se.
Mito: O suicídio é hereditário.
Realidade: Não existem estudos com resultados claros, e de fato a existência de suicídios na família pode ser um fator de risco a considerar. No entanto, existem muitos outros fatores que interferem na tomada de decisão, não sendo a hereditariedade o fator mais determinante.
Como lidar com a perda?
Se teve alguém na sua vida que se suicidou, provavelmente sente culpa e sente que transporta consigo o peso dessa vida perdida. É natural que sinta que podia ter agido de forma diferente, que podia ter feito coisas diferentes. Poderá sentir que deveria ter notado os sinais, talvez reveja constantemente os últimos tempos que passou com essa pessoa, as últimas coisas que lhe disse. Gostaríamos de lhe propor que parasse por um momento e ficasse com esta ideia: uma pessoa que se suicida está em grande sofrimento. Enquanto amigos e familiares, podemos fazer o que está ao nosso alcance para demonstrar a importância que a vida dessa pessoa tem para nós. Mas muitas vezes os sinais são difíceis de detectar, e mesmo que os tivesse reconhecido, isso não seria uma garantia de que as coisas teriam sido diferentes. Em último caso, a decisão é sempre da pessoa que comete o ato – a culpa não é sua. A responsabilidade pelo que aconteceu, não estava nas suas mãos.
Se o conteúdo desse texto o toca diretamente, e se se identifica com estes sinais ou conhece alguém nesta situação, peça ajuda. Tanto na Psicoadolescer como nos centros de atenção psicossocial (CAPS), existem várias pessoas prontas para lhe prestar toda a ajuda necessária, que respeitarão as suas ideias, as suas crenças, os seus problemas e respeitarão, acima de tudo, o seu valor enquanto pessoa. Por isso, antes de escolher uma opção irreversível, dê pelo menos uma oportunidade a si mesmo de experimentar uma solução diferente. Estamos disponíveis para você – a sua vida é importante para nós.
Referencias eletrônicas
https://oficinadepsicologia.com/suicidio-2/
http://noticias.r7.com/blogs/nicolau-marmo/2017/04/17/alerta-suicidio-entre-jovens-e-adolescentes/
Referencias bibliográficas
Saraiva CB. Depressão e Suicídio - Um guia clinico dos cuidados de saúde primários. 1ª Edição. LIDEL, editor. Lisboa; 2014.
Kutcher S, Chehil S. Gestão de Risco de Suicidio - Um manual para profissionais de Saúde. 1ª Edição. Lundbeck Institute - Portugal; 2007.
Adaptado por
Psicoadolescer.com
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